Durante uma semana, a Zegna transformou a Ópera de Dubai, em Dubai, nos Emirados Árabes, na Villa Zegna, espaço com experiências para jornalistas e compradores sobre a sua história centenária, além de local do desfile da coleção de verão 2026, apresentada na quarta-feira (11.06).
Zegna, verão 2026.
Foto: Divulgação
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A escolha pela cidade conhecida por ser um refúgio luxuoso para endinheirados tem a ver com um mercado estratégico da marca, que tem ali vários de seus clientes vivendo ou passando temporadas. No entanto, além disso, o conceito de oásis combina também com uma parte importante do legado da grife.
Em 1910, Ermenegildo Zegna fundou sua tecelagem de lã em Trivero, na Itália. Nos anos seguintes, passou a adquirir a área de cerca de 100 km2 do entorno da fábrica, uma região montanhosa no norte do país. O lugar ficou conhecido como Oasi Zegna e abasteceu com o cultivo de sua terra não só a empresa como as comunidades ao redor.
Por isso, o cenário da apresentação remonta a mansão do fundador na cidade italiana e a combina com as areias dos desertos da Península Arábica. Ao som do cantor James Blake, o primeiro modelo aparece com os pés descalços e um conjunto que lembra um pijama, usado com blazer por cima, tudo isso amassadinho.
Zegna, verão 2026.
Foto: Divulgação
Zegna, verão 2026.
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Segundo Alessandro Sartori, diretor criativo da marca, em texto divulgado à imprensa, os tecidos passaram por lavagens intensas, com o objetivo de desbotar as cores e moldar melhor o corpo. A sensação é de roupa com marcas do tempo.
O trabalho sobre o material é minucioso, como o uso de celulose de papel reciclável nas tramas de linho, para criar texturas diferentes. A ideia, porém, é de que a roupa seja vestida com casualidade e despreocupação e não pareça, quando usada por alguém, que foi tão pensada assim durante a confecção. As camisas de golas duplas lembram uma sobreposição, mas são uma peça única e nada pesada. O visual despretensioso segue com os modelos caminhando com os sapatos nas mãos, mocassins usados como chinelos e casacos amarrotados amarrados nas cinturas.
Zegna, verão 2026.
Foto: Divulgação
Zegna, verão 2026.
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Na modelagem, a silhueta é solta e afastada do corpo. As jaquetas são leves, a bolsa espaçosa e as camisas compridas, algumas delas com aparência de túnica. Os blazers têm bolsos e fechos de dois botões localizados bem abaixo da cintura. A escolha de materiais prioriza lã, seda, linho, algodão, camurça e couro.
A paleta de cor é clara. Destaque para o bege, tabaco, vinho e verde oliva, em versão desbotada ou acesa. Por fim, as estampas de listras, xadrezes e pied de poule vintage fecham a viagem boêmia da marca nesta temporada.
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