OFG participa do 55º Festival de Inverno de Campos do Jordão

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Apresentações da OFG na cidade paulista serão nos dias 19 e 20 de julho. Antes, a orquestra goiana faz concerto preparatório aberto ao público, no Teatro Sesi, na capital, no dia 16 de julho

A Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG) vai realizar dois concertos no Festival de Inverno de Campos do Jordão neste mês. As apresentações vão ocorrer nos dias 19 e 20 de julho com repertório exclusivo para o evento. Além disso, o festival reúne na cidade os principais grupos sinfônicos e musicistas do Brasil. Antes de embarcarem, a equipe apresenta para a população goiana o mesmo repertório, no dia 16, no Teatro Sesi, com entrada gratuita.

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“Preparamos um repertório majestoso para participarmos desse tradicional festival, e o ponto alto será a estreia mundial da Sinfonia nº 13 do compositor brasileiro, Cláudio Santoro. A peça nunca foi executada antes para o público, estamos orgulhosos e honrados por dar vida a essa obra-prima. As peças escolhidas para esse momento refletem perfeitamente o espírito da nossa temporada, em que estamos homenageando os pioneiros que mudaram o mundo da música de concerto”, explica o maestro titular, Neil Thomson.

O grupo sinfônico goiano participará pela oitava vez do festival, consolidado no cenário cultural nacional. Ademais, tornou-se um dos projetos mais importantes do calendário da música de concerto no Brasil. O convite ao evento, além de celebrar o talento dos músicos goianos, reconhece um trabalho de 45 anos. Por fim, como lembra Wesley Farias, o feito ressalta a dedicação e a excelência da Orquestra.

“A participação da Orquestra Filarmônica de Goiás no Festival de Inverno de Campos do Jordão representa um marco importante para a instituição. Trata-se do maior e mais tradicional festival de música clássica da América Latina, e estar presente nesse evento é um reconhecimento da excelência artística que a OFG vem construindo ao longo dos anos”.

Para o secretário José Frederico Lyra Netto, o convite reforça o valor cultural da Orquestra Filarmônica. Além disso, reconhece seu papel como um dos maiores patrimônios artísticos do estado de Goiás.

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“É uma honra ver nossos músicos levando a força e a sensibilidade da produção artística goiana para palcos tão prestigiados. Essa é uma conquista de toda a sociedade goiana”, afirma.

Programa

Em São Paulo, as sessões no auditório Claudio Santoro e na Sala São Paulo terão regência de Neil Thomson. Ademais, contarão com a participação da renomada pianista Sônia Rubinsky, que realizará um lindíssimo solo dedicado ao instrumento, encantando o público com sua técnica e sensibilidade. As apresentações são gratuitas e os ingressos podem ser reservados pelo site do evento.

A Filarmônica vai levar para os palcos do festival um programa inédito e que promete encantar o público visitante. Primeiramente, o programa, cuidadosamente construído, abre com “Night on the Bare Mountain”, obra que Modest Mussorgsky compôs e pela qual é amplamente conhecido por explorar musicalmente as histórias e lendas russas do período medieval. Além disso, ainda estão no repertório o “Concerto para piano op. 20” do russo Alexander Scriabin, que será interpretado pela pianista Sônia Rubinsky.

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Na sequência, a segunda parte do programa promete levantar o público com obras calorosas e bastante expressivas, começando pela execução da peça “Egmont”, do alemão Ludwig van Beethoven. Em seguida, a explosão das notas abrirá espaço para o ato final, quando a sonoridade narrativa do brasileiro Cláudio Santoro ocupará o palco. Dividida em três movimentos, a sinfonia explora o contraste entre alegria e drama da vida humana, trazendo à tona os embates vividos para se alcançar a plenitude da paz e da euforia. Vale destacar que o compositor criou a peça entre 1987 e 1988, e agora a orquestra apresenta-a ao público pela primeira vez.

OFG

Reconhecida internacionalmente como um dos melhores grupos orquestrais da América Latina, a Orquestra Filarmônica de Goiás recebeu elogios da revista inglesa Gramophone, uma das mais prestigiadas publicações de música clássica do mundo. Desde 2021, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) vincula o grupo à Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França, que o Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT) da Universidade Federal de Goiás (UFG) gerencia.

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Fotos: Jonathan Duarte

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