Considerado um best-seller da Shiseido, o sérum Ultimune é reintroduzido ao mercado neste mês de agosto com uma fórmula atualizada. Famoso por seu poder de aumentar a imunidade da pele e fortalecer a barreira cutânea, o produto, lançado originalmente em 2014, agora promete atuar na longevidade celular.
“Nossa expectativa é que o novo Ultimune fortaleça ainda mais nossa posição de liderança em skincare premium, atraindo novos consumidores e fidelizando os que já conhecem a eficácia da fórmula. O lançamento foi pensado com uma estratégia 360°, envolvendo ativações físicas, digitais e experiências imersivas para gerar conexão emocional e conhecimento técnico sobre o produto”, Jon Larranaga, General Manager da Shiseido no Brasil.
Novo Ultimune da Shiseido traz concentrado para longevidade celular.
Foto: Instagram/@shiseido
A substância responsável pelo novo efeito é o Power Fermented Camellia+, um extrato fermentado da semente da camélia japonesa. Extraído nas ilhas Gotoh, onde as camélias conseguem florescer apesar do ambiente desfavorável, a semente da camélia passa por um processo de biofermentação, que potencializa em até quatro vezes o poder de ação dos aminoácidos encontrados na semente.
A atualização é fruto de uma descoberta realizada pela Shiseido com a universidade de Harvard. Parceria antiga, a marca japonesa apoia há 35 anos o centro de pesquisa Cutaneous Biology Research Center, no General Massachusetts Hospital, onde são realizados estudos focados na saúde da derme.
Pesquisadores do centro descobriram que a presença de células de memória T na derme podem ser decisivas para a prevenção de sinais de idade, como rugas, linhas finas, desidratação e perda de firmeza. A quantidade delas, aliás, pode ser um número mais importante do que a sua idade cronológica quando se fala em qualidade de pele: menos células T podem ocasionar tais sinais até em pessoas jovens. O objetivo então é aumentar a presença deste tipo de células em organismos de qualquer idade como forma de regenerar a pele e reduzir seu processo de envelhecimento.
O grande benefício das células T é a sua capacidade de eliminar células envelhecidas, conhecidas formalmente como células senescentes. Tais células senis são células “adoecidas”, que não funcionam mais da maneira como deveriam. E não só: elas geram inflamação local e podem atrapalhar o funcionamento de células saudáveis que estejam próximas. Em termos práticos, ela pode prejudicar a própria estrutura da pele, reduzir a produção natural de colágeno, ocasionar manchas e texturas irregulares.
“O extrato fermentado contém muitos aminoácidos, e não sabemos ainda qual deles é responsável pela ação de longevidade”, explica Shawn Demehri, professor associado do Departamento de Dermatologia e Centro de Câncer do Massachusetts General Hospital, da Harvard Medical School. “Sabemos, por outro lado, que eles são responsáveis por recrutar as células T, que têm um papel importante na eliminação das células senescentes”, disse em entrevista à ELLE Brasil.
Acontece assim: o extrato fermentado da camélia leva as células da epiderme a produzirem uma substância chamada CXCL9. Esta substância, por sua vez, é capaz de atrair as tais células T para a região e, uma vez que elas estão lá, colaboram para a eliminação das células envelhecidas e, assim, recuperam a vitalidade da pele e restauram a produção de colágeno.
Os ingredientes-estrelas
A escolha pelo extrato da camélia não é aleatória. A flor é usada há mais de 100 anos na Shiseido e têm uma grande afinidade com o sistema imunológico humano quando fermentada.
A nova fórmula de Ultimune, que está em sua quarta atualização e mantém mesma base que tornou o sérum um best-seller mundial, é complementada com outras partes da flor que não apenas a semente fermentada: o óleo traz emoliência, a pétala fortalece a barreira e a resistência da camada córnea, e, por fim, a folha é usada para um regular o sebo em excesso causado por ressecamento.
“Criar essa fórmula com vários ingredientes ativos foi um desafio, pois é necessário garantir a estabilidade e a textura agradável do produto”, comenta Tatsuya Hasegawa, pesquisador associado no Massachusetts General Hospital (MGH) e da Shiseido. “Tenho orgulho dessa parceria entre ciência acadêmica e indústria, e o desenvolvimento de soluções inovadoras que mudam a forma como encaramos o envelhecimento, focando na saúde da pele e não apenas na cronologia.”