O presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou as discussões no Palácio do Planalto em uma nova série de reuniões para debater as sobretaxas impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. A articulação visa formular uma resposta estratégica à medida anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que aplicou uma tarifa de 50% sobre diversos itens importados do Brasil.
O governo brasileiro avalia um leque de possíveis reações. Entre as opções consideradas estão a contestação das tarifas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e a aplicação de medidas de reciprocidade, impondo taxas equivalentes a produtos vindos dos EUA.
Nos encontros, que contaram com a participação de ministros importantes como Fernando Haddad (Fazenda) e o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), foram analisados os impactos econômicos da medida para os setores produtivos do país. O governo também estuda a criação de um comitê com empresários para reavaliar a política comercial com os Estados Unidos.
Apesar da análise de contramedidas, o governo brasileiro mantém canais de diálogo abertos. Há uma expectativa de que um encontro entre Lula e Trump possa ocorrer em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, como uma forma de buscar uma solução diplomática para o impasse.
Em nota oficial, o governo brasileiro classificou a ação dos Estados Unidos como uma medida com motivações políticas, afirmando que tomará as ações necessárias para proteger as empresas e os trabalhadores brasileiros dos impactos negativos da tarifação.