A campanha Julho Verde reforça prevenção do câncer de cabeça e pescoço ligado a hábitos e HPV
Tabagismo e consumo de álcool, especialmente entre pessoas mais velhas, são os principais fatores de risco para câncer. Além disso, o câncer de cabeça e pescoço é tema da campanha de conscientização do Julho Verde. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o Brasil terá quase 40 mil novos casos em 2025. Ademais, os casos somam cânceres de cavidade oral, tireoide e laringe.
Segundo o oncologista Rodrigo Fogace, do Einstein Goiânia, os casos relacionados ao HPV também vêm crescendo, principalmente entre adultos jovens. Os médicos fazem o diagnóstico por meio de biópsia, geralmente após exames como a laringoscopia. O tipo mais comum é o carcinoma epidermoide, que afeta principalmente a garganta e tem como sintomas iniciais a rouquidão persistente e a dificuldade para engolir alimentos sólidos. Nódulos no pescoço podem indicar um estágio mais avançado da doença.
Quando diagnosticado precocemente, pode envolver cirurgia com intenção curativa. Os especialistas recomendam radioterapia e quimioterapia em fases mais avançadas. Em casos com metástase, o objetivo passa a ser o controle da doença e a qualidade de vida, com alternativas como a imunoterapia.
Fogace alerta que, como a maioria dos casos está ligada a hábitos comportamentais, a prevenção é possível. Abandonar o cigarro, tradicional ou eletrônico, e reduzir o consumo de álcool são medidas importantes. Além disso, manter relações sexuais protegidas e se vacinar contra o HPV previnem o câncer.
Durante o tratamento, o suporte da equipe multidisciplinar é fundamental. A fonoaudiologia auxilia na recuperação da voz e da deglutição, enquanto a nutrição combate a desnutrição em pacientes com dificuldades alimentares. Além disso, a psicologia atua no suporte emocional e no enfrentamento de vícios quando necessário. Estima-se que cerca de 25% dos pacientes com câncer enfrentam depressão e ansiedade, o que reforça a importância de um cuidado integral.
