Há quase duas décadas, Iris Van Herpen investiga as interseções entre tecnologia e natureza. Para o inverno 2025 de alta-costura, que rolou nesta segunda-feira (07.07), em Paris, não foi diferente. Nas notas do desfile, a estilista holandesa diz ter sido impactada pelo documentário Oceanos com David Attenborough (2025), sobre a importância vital dos mares.
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Leia mais:
Em uma sala escura, a apresentação começa com uma performance da modelo Stella Maxwell que é inspirada nos movimentos de Loie Fuller, dançarina estadunidense do século 19. A única luz do ambiente vem do próprio vestido, coberto com mais de 125 milhões de algas bioluminescentes que acendem conforme o movimento.
Os microorganismos foram cultivados em um gel que simula o seu habitat natural, em parceria com o biodesigner Chris Bellamy, da Bio Crafted. Depois, eles foram incorporados às estruturas orgânicas impressas em 3D criadas pela estilista. “Em vez de ser construído, este vestido é nutrido. Essa coleção é uma colaboração com a própria natureza”, escreveu Van Herpen no texto enviado à imprensa.
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Leia mais:
As experimentações não param aí. Há ainda uma organza tão fina que pesa somente cinco gramas por metro quadrado. Ela aparece nos vestidos longos que lembram a forma de águas vivas e nas asas de borboleta esvoaçantes que estão acopladas aos looks 15 e 16. Outra novidade está presente nas criações finais com jeito de vestido de noiva. As peças são feitas com um material desenvolvido pela empresa japonesa Spiber, produzido a partir da proteína fermentada da cana de açúcar. Nesta coleção, ela continua a trabalhar com peças cinéticas, dessa vez concebidas em colaboração com o artista estadunidense Casey Curran.
Outra parceria foi a com o perfumista francês Francis Kurkdjian para desenvolver uma fragrância inspirada nas profundezas do mar. Transformando a alta-costura em um laboratório, a marca continua a se dedicar à experimentação tecnológica. A estilista integra estas inovações a técnicas artesanais como plissados, drapeados e maquetes têxteis, levando o feito à mão ao futuro.
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
Iris Van Herpen, inverno 2025 alta-costura.
Foto: Getty Images
