Como envelhecer com autonomia e qualidade de vida

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Expectativa de vida cresce no Brasil e exige atenção ao envelhecimento de ossos, músculos e articulações, alerta ortopedista do Mater Dei Goiânia.

O aumento da expectativa de vida no Brasil tem transformado a forma como a população envelhece. De acordo com o Censo Demográfico 2022, a média de vida ao nascer subiu para 76,4 anos, e com isso cresce também a busca por qualidade de vida na terceira idade.

Com mais tempo de vida, cresce também a busca por qualidade e autonomia na terceira idade. A longevidade, porém, requer atenção especial à saúde — especialmente à estrutura osteomuscular, essencial para manter mobilidade e independência.

Com esse olhar, a celebração do Dia dos Avós em 26 de julho destaca a importância do cuidado. Além disso, chama atenção para o bem-estar físico e funcional ao longo dos anos. O ortopedista Anderson Freitas, do Hospital Mater Dei Goiânia, explica como prevenir problemas comuns após os 60 anos. Para isso, ele destaca a importância do cuidado com a saúde osteomuscular e da rotina ativa nessa faixa etária. Com isso, busca-se preservar a autonomia funcional e o bem-estar durante o envelhecimento.

Segundo o especialista, doenças como osteoartrite, osteoporose e sarcopenia ocorrem com frequência cada vez maior, mas a população também passou a enfrentá-las com mais consciência.

“É cada vez mais comum notarmos pacientes da melhor idade aderindo a hábitos saudáveis, praticando atividades físicas e mantendo acompanhamento médico regular”, afirma.

Exercício é aliado do envelhecimento saudável

A prática de atividades físicas é um dos principais pilares para o envelhecimento ativo. Anderson recomenda exercícios de fortalecimento muscular com pesos leves, caminhadas, hidroginástica, alongamentos, yoga e tai chi — modalidades que ajudam a preservar força, equilíbrio e mobilidade.

Para quem mantém rotina ativa com netos e tarefas domésticas, é preciso respeitar os limites do corpo. Além disso, o ortopedista alerta sobre o uso de calçados adequados e a prevenção de sobrecargas.

“A prevenção é o melhor caminho. Manter uma boa postura e fazer aquecimentos antes das tarefas também ajuda a evitar lesões”, orienta.

Sinais de atenção

Mesmo sem dor intensa ou queda recente, é importante procurar um ortopedista diante de sintomas como rigidez articular, inchaço nas articulações, fraqueza muscular ou dificuldade para realizar movimentos habituais. A avaliação regular da densidade óssea também é recomendada.

Entre os principais problemas ortopédicos enfrentados por pessoas com mais de 60 anos estão as dores na coluna, desgaste nas articulações e fraturas.

“O ideal é atuar de forma preventiva, com alimentação rica em cálcio e vitamina D, exposição solar moderada, prática de atividades físicas e o abandono do tabagismo”, explica o especialista.

É possível frear o desgaste natural?

A perda de massa muscular (sarcopenia) e a fragilidade óssea (osteoporose) geralmente acompanham o envelhecimento, mas uma combinação de exercícios resistidos, ingestão adequada de proteínas e acompanhamento ortopédico contínuo pode retardar significativamente esses efeitos.

“Envelhecer com saúde é possível e começa com escolhas diárias. Alimentar-se bem, manter-se ativo e cuidar do corpo são atitudes que prolongam a autonomia”, resume Anderson.

Anderson Freitas é ortopedista e cirurgião de quadril no Hospital Mater Dei Goiânia, com doutorado pela USP-RP. Ele também é membro titular da Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ), com forte atuação na área.

Como envelhecer com autonomia e qualidade de vida

Fotos: Divulgação

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