Os anos 2000 continuam firmes como uma das maiores referências estéticas da atualidade e a mais nova prova desse revival vem direto do nécessaire adolescente do início do milênio: as presilhas de borboleta. Coloridas, translúcidas, metálicas ou com glitter, elas não apenas retornam às ruas como conquistam lugar de destaque nos penteados das famosas, nos tapetes vermelhos e nas redes sociais.
Pequenas no tamanho, mas poderosas no impacto, essas presilhas reaparecem como símbolo da tendência Y2K, com forte apelo nostálgico e um toque de diversão. Mais do que um acessório, elas funcionam como uma assinatura visual que carrega referências da cultura pop dos anos 2000 — de Britney Spears a Hilary Duff — e se encaixa perfeitamente no desejo atual por um visual mais lúdico, leve e descomplicado.
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O retorno da irreverência
O movimento que resgata o estilo Y2K tem sido impulsionado pelas novas gerações, especialmente no TikTok e no Instagram, espaços nos quais vídeos de tutoriais com presilhas de borboleta acumulam milhões de visualizações. Mais do que uma trend, o retorno do acessório reflete uma busca coletiva por referências afetivas e uma estética divertida, que contrasta com a sobriedade das últimas temporadas.
Foto: @sarahpotempa
E o interesse não para nas redes: famosas como Camila Cabello, Dua Lipa, Millie Bobby Brown e Hailey Bieber frequentemente apostam no acessório para arrematar produções que misturam elementos nostálgicos e contemporâneos com equilíbrio. Olivia Rodrigo, ícone de estilo da geração Z, inclusive, já tinha adiantado a tendência e levou versões oversized das presilhas de borboleta para o tapete vermelho do Met Gala 2022.

Foto: @oliviarodrigo
Penteados Y2K: do lúdico ao fashionista
As presilhas de borboleta trazem consigo a versatilidade dos anos 2000: aparecem tanto em penteados elaborados quanto em produções minimalistas com toques sutis de cor. Elas podem ser usadas para prender mechas frontais, dividir o cabelo ao meio ou enfeitar coques, tranças e rabos de cavalo.
Entre os estilos que mais fazem sucesso, estão os space buns decorados com várias presilhas coloridas, as tranças laterais com clipes translúcidos e até coroas formadas por uma sequência de presilhas ao longo da cabeça. Também surgem em cabelos soltos, aplicadas em sequência ao redor do rosto para criar um efeito de moldura.

Foto: justinemarjan
Outra vantagem é que o acessório se adapta a todos os tipos e comprimentos de cabelo. Madeixas crespas, onduladas, lisas ou cacheadas ganham nova vida com esses pequenos pontos de cor e textura, que trazem movimento e originalidade ao visual.
Como usar presilhas de borboleta?
Se a ideia é adotar o acessório no dia a dia, a dica é começar aos poucos: uma ou duas presilhas de cada lado do rosto já criam um efeito delicado e moderno. Para quem quer ousar mais, vale explorar combinações com diferentes tamanhos, acabamentos e cores, brincando com a composição de forma quase artesanal.

Foto: @peteburkill
Usar as presilhas em penteados semi-presos ou coques baixos também é uma maneira prática de atualizar o look, especialmente em produções casuais ou para festivais. Em eventos noturnos, versões metálicas ou com brilho criam um contraste interessante com roupas mais sóbrias, funcionando como ponto de luz inesperado.
Além disso, o retorno das presilhas de borboleta vai ao encontro de um momento em que os acessórios de cabelo têm ganhado protagonismo na beleza. Das tiaras grossas aos laços maximalistas, tudo indica que estamos vivendo um tempo em que detalhes lúdicos são mais do que bem-vindos, mas essenciais para imprimir estilo e personalidade.
Um clássico dos millennials redescoberto pela Gen Z

Foto: @michelleamo_
O que começou como tendência da geração Z se transformou em uma verdadeira ponte entre gerações. Mulheres que viveram a febre das presilhas de borboleta nos anos 2000 agora têm a chance de resgatá-las com olhar atualizado, enquanto adolescentes e jovens adultos descobrem o encanto desse acessório pela primeira vez.
Esse encontro de passado e presente, tão característico da estética Y2K, reforça que a moda vai além do novo: trata-se também de recontar histórias, inclusive aquelas que pareciam esquecidas no fundo da gaveta. E, neste caso, o que renasce é a liberdade de brincar com o visual, sem se levar tão a sério.