Foi no início da pandemia quando Conrado Pedroso, de 31 anos, decidiu abrir uma floricultura. Ele havia deixado um emprego com vendas e buscava um novo rumo profissional. “Comecei do zero, fazendo flores para os amigos e, como estava todo mundo em casa, funcionou superbem”, lembra.
Ele é o nome à frente da Amorphophallus, floricultura paulistana dedicada a arranjos que podem enfeitar lares, além de grandes celebrações. Com base produtiva no bairro do Pacaembu, na zona oeste, a empresa já produziu para eventos de grifes como Chanel, Tiffany & Co., Fendi e Dior. Atualmente, cria sob encomenda e conta com um espaço expositivo na Galeria Metrópole, na região central da cidade.
Conrado Pedroso, fundador da floricultura Amorphophallus.
Foto: Con_Mano / Divulgação
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No seu portfólio, buquês de rosas vermelhas tradicionais não têm vez. A ideia é justamente fugir do comum e desenvolver esculturas que misturam flores, galhos, espécies menos usuais e até frutas e legumes.
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Nessa curiosa safra, há o uso de alcachofras, berinjelas e tomates, por exemplo, que podem ser mesclados com flores delicadas. Outra tendência no setor, captada por Conrado, é a de arranjos esculturais que se mantém em pé pela própria estrutura, sem o suporte de vasos.
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“Nessa busca por diferenciar a estética geral dos arranjos, começaram a surgir possibilidades infinitas de incluir novos elementos, que não fossem só as flores”, conta.
Floricultura cria arranjos com alcachofras. Na foto, Manoel Paiva, sócio da Amorphophallus.
Foto: Con_Mano / Divulgação
Essa estética também foi incentivada por clientes abastecidos de mil referências das redes sociais, que buscavam combinações mais ousadas. “Queriam um arranjo composto somente por capins, sem flores”, exemplifica. “Acho que trazer uma identidade mais contemporânea era o que faltava neste mercado de flores”.
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Com o sucesso da empreitada, a Amorphophallus abraçou a decoração completa da mesa, com utensílios, louças e toalhas que harmonizam com as plantas. Essa tarefa foi enriquecida pela experiência do sócio Manoel Paiva, que é também um dos fundadores da loja Antônio, especializada em objetos garimpados.
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Mais recentemente, a dupla passou a investir na decoração de casamentos, assumindo o desenvolvimento completo dos projetos. Agora, se prepara para um casório na Patagônia chilena, com três dias de duração. “O lugar é realmente um desbunde, é natureza por todo lado, e vai ser muito desafiador”, disse Manoel.