Hôtel Lancaster celebra 100 anos e legado com estrelas de cinema

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Elizabeth Taylor e Richard Burton não saíam de lá, Marlène Dietrich ganhou suíte própria e Sophia Loren fazia algumas exigências – conheça curiosidades desta época do Hôtel Lancaster

Ícone da hotelaria de luxo parisiense, o Hôtel Lancaster acaba de completar 100 anos. Construído em 1889 e transformado em um hotel de luxo em 1925, o edifício de oito andares ocupa uma elegante residência no coração dos Champs-Élysées, a poucos passos do Arco do Triunfo e um dos principais pontos turísticos da capital.

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Desde então, tornou-se refúgio de estrelas do cinema, da realeza e de grandes personalidades. Marlène Dietrich chegou a viver no hotel por três anos na década de 1930. A lista de hóspedes ilustres inclui ainda a Rainha Elizabeth, Ella Fitzgerald, Clark Gable, Lauren Bacall, Elizabeth Taylor e Richard Burton, Pedro Almodóvar, entre muitos outros.

Sem perder a atmosfera de mansão familiar, o Lancaster dispõe de 54 suítes divididas em sete categorias diferentes. Por sua vez, a decoração combina mobiliário do século 17 e obras de arte com toques contemporâneos, criando assim um ambiente sofisticado e acolhedor. Entre elas, a suíte mais emblemática recebeu o nome Marlene Dietrich, em homenagem à atriz e cantora alemã. Com 85 metros quadrados, o espaço, por fim, preserva, como parte central de sua sala de estar, o piano original da estrela.

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Um século de histórias 

Em 2025, o Hôtel Lancaster convida seus hóspedes a reviver memórias e momentos especiais que fazem parte da trajetória do hotel. A celebração inclui a instalação interativa “100 Murmúrios”, uma obra poética e sensorial que ocupa o lobby do hotel como um verdadeiro mural de grandes lembranças. Além disso, um novo menu de coquetéis no bar CopperBay Lancaster e uma coleção exclusiva de livros que reúnem histórias e curiosidades da casa completam a programação comemorativa.

A nova carta de drinques presta homenagem às personalidades que marcaram a história do Lancaster e propõe uma jornada que atravessa décadas, desde 1925 até os dias de hoje, ao mesmo tempo que explora técnicas clássicas e sabores contemporâneos.

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Entre as criações da carta, um dos destaques é o coquetel Émile Wolf, que presta homenagem ao fundador com uma releitura do clássico French 75, sucesso nos anos 1920. Em seguida, a criação Marlène Dietrich faz referência ao Old Fashioned, uma das bebidas preferidas da atriz. Além disso, para o casal lendário Liz Taylor e Richard Burton, há um duo de drinques: Chocolate Martini para ela e Martini Dry para ele. No conjunto, cada receita celebra a tradição da casa com exclusividade e o savoir-faire do CopperBay Lancaster.

Como forma de eternizar sua memória, o Hôtel Lancaster lança também uma coleção inédita de três cadernos que registram histórias marcantes e os universos que moldaram a essência da propriedade: cinema, arte e gastronomia. Para começar, o primeiro volume é dedicado às figuras do cinema. Na sequência, o segundo homenageia os artistas e obras que inspiram a alma do Lancaster, enquanto o terceiro foca na gastronomia, destacando criações culinárias que encantam os paladares dos hóspedes.

Estrelas, escândalos e sets de filmagem no coração de Paris

O livro sobre cinema reúne uma série de personagens e episódios que deixaram suas marcas e memórias no Lancaster. Um dos trechos se refere a uma das visitas de Elizabeth Taylor e Richard Burton, que também tinham o hotel como segunda casa. Em uma das estadias mais notórias, reservaram nada menos que 21 suítes, levaram 156 malas e vários cachorros que os acompanhavam até mesmo no restaurante do empreendimento. Outro registro, igualmente curioso, envolve a atriz francesa Arletty, que foi presa no Lancaster em 1944, na suíte 56, por seu relacionamento com um oficial alemão durante a ocupação nazista.

Além de receber as estrelas do cinema, o edifício também serviu de set de filmagem de produções francesas marcantes. Durante a pandemia, por exemplo, o diretor Emmanuel Mouret gravou no Lancaster o filme Chronique d’une liaison passagère. Já anteriormente, nos anos 1970, foi cenário de La Mandarine, com os atores Annie Girardot e Philippe Noiret, que interpretavam os proprietários do hotel.

Conheça mais detalhes das personalidades do cinema que passaram pelo Lancaster ao longo da história e que transformaram o hotel em seu refúgio íntimo.

Marlène Dietrich: um lar parisiense

Nos anos 1930, Marlène Dietrich se instalou no Lancaster e ali viveu por três anos — um período intenso, inclusive cinematográfico. Numa ocasião dramática, chegou a esconder o escritor Erich Maria Remarque em sua sala de banho, com medo de uma visita da Gestapo! Ela personalizou sua suíte com um estilo elegante e discreto, tão marcante que inspirou o décor de seu apartamento em Nova York. O piano Erard que costumava tocar continua afinado até hoje, como testemunho vivo de sua presença. A suíte, claro, leva seu nome.

Sophia Loren: entre glamour e pedidos inusitados

Para Sophia Loren, o Lancaster era um lar. Em 1963, posou para fotos usando o vestido que brilharia no Oscar. Em outra ocasião, recebeu no hotel um “mimo” do marido, Carlo Ponti: uma Rolls-Royce Silver Cloud III sob medida. No entanto, nem tudo era só brilho: certa vez, pediu com todo charme que sua vizinha de suíte tocasse piano um pouquinho mais baixo. Assim, entre uma extravagância e outra, o hotel testemunhava momentos íntimos e descontraídos da diva italiana.

Elizabeth Taylor e Richard Burton: Natal, brigas e 156 malas

Elizabeth Taylor e Richard Burton também tinham o Lancaster como segunda casa. Logo após o casamento, passaram o Natal no hotel com a família. Mais adiante, reservaram 21 quartos, chegaram com 156 malas e vários cães, que os acompanhavam até no restaurante. E como em qualquer lar, discussões explosivas entre o casal também aconteciam, para deleite dos corredores discretos do hotel.

Orson Welles: honra e um Papai Noel desenhado à mão

Em 1982, Orson Welles estava hospedado no Lancaster quando recebeu a Legião de Honra, a mais alta condecoração francesa. Na mesma época, presidiu a cerimônia do César, o “Oscar francês”. O detalhe curioso? Um desenho feito por ele de um Papai Noel, rabiscado no papel timbrado do hotel, hoje decora o Salon Berri. Segundo consta, a imagem foi enviada por um hóspede que orgulhosamente guardava o original.

Arletty: glamour e escândalo

A atriz francesa Arletty foi presa no Lancaster em 1944, na suíte 56, por seu relacionamento com um oficial alemão durante a ocupação nazista. O episódio ficou conhecido como um caso de “colaboração horizontal”. Seu comentário ao ser levada? Um clássico francês irreverente: “Se meu coração é francês, meu traseiro é internacional!”.

Para mais informações, entre no site https://www.hotel-lancaster.com/pt/ ou acesse https://keypartners.com.br/.  

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Fotos: Divulgação

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