Fatores a considerar para ir morar no Rio de Janeiro

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Foto/Reprodução

Morar no Rio de Janeiro pode ser um sonho para muitas pessoas. Com praias mundialmente conhecidas, paisagens naturais e uma vida noturna agitada, a cidade também concentra empresas, universidades e centros culturais. Não é à toa que é considerada a segunda maior metrópole do país, atrás apenas de São Paulo, e tem visto o seu mercado imobiliário aquecido nos últimos anos.

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De acordo com o Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi-Rio), foram vendidas 49.575 unidades na cidade em 2024, um crescimento de 31% em relação ao ano anterior. Mas, embora o charme da capital fluminense seja inegável, a decisão de mudar para a cidade exige atenção a fatores como localização, segurança, custo de vida e qualidade dos serviços disponíveis.

A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) informa que o planejamento é o primeiro passo para quem pretende viver em grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro. Antes da mudança, o ideal é que a família converse e avalie em conjunto as suas necessidades, considerando a rotina de cada pessoa.

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Essa análise ajuda a definir prioridades, como morar perto do trabalho, ter boas escolas nas redondezas, acesso a serviços essenciais, áreas de lazer e transporte público. Com essas referências definidas, fica mais fácil escolher o melhor bairro.

A parte financeira também precisa ser avaliada com cuidado. Bairros mais valorizados podem ter preços bastante elevados, seja para venda, aluguel ou outras modalidades de aquisição de uma propriedade, como participar de leilão de imóveis

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Por isso, é importante entender o orçamento familiar. A Abefin recomenda fazer uma pesquisa prévia dos valores médios em cada região, além de entender as formas de pagamento disponíveis. 

Até mesmo imóveis em leilão no Rio de Janeiro podem apresentar diferenças de preços, de acordo com a localização. A modalidade possibilita encontrar casas ou apartamentos com valores até 60% mais baratos em comparação com o mercado tradicional, conforme o JusBrasil, mas também reserva diferença de preços entre as propriedades disponíveis, conforme as características de cada uma. 

Conforme revela a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), só entre os imóveis financiados pela Caixa Econômica Federal em 2024, a oferta em leilões cresceu 75%, com mais de 25 mil unidades disponíveis.

A possibilidade de participar remotamente, o que amplia o alcance para interessados de fora da cidade, e as condições facilitadas de pagamento estão entre as vantagens da modalidade. Em um leilão de imóveis Itaú, por exemplo, há imóveis residenciais e comerciais com desconto de 10% para pagamento à vista, além de débitos de IPTU e condomínio quitados até a data da arrematação, conforme informações da Zuk, plataforma especializada em leilões.

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ) alerta que, antes de escolher um lugar para morar, é importante checar a infraestrutura do imóvel, visando evitar gastos extras com reparos ou reformas. A Abefin também recomenda visitar os locais disponíveis em diferentes horários, para observar como é a movimentação na região ao longo do dia.

Os bairros mais procurados da capital do Rio de Janeiro

Na hora de escolher onde morar, conhecer as regiões mais procuradas pode ajudar na decisão. Segundo levantamento do Secovi-Rio, a Barra da Tijuca foi o bairro com maior número de imóveis vendidos em 2024, com 3.678 unidades. Na sequência aparecem: Copacabana, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande e Tijuca, nesta ordem.

Outro levantamento, feito pela plataforma Zuk, reuniu os cinco bairros mais desejados do Rio. Copacabana é apontada como uma das regiões mais valorizadas, com infraestrutura completa e fácil acesso à orla. Já Ipanema se destaca pela programação cultural e de lazer, como teatros e bares.

Lagoa Rodrigo de Freitas e Leblon também aparecem entre os bairros mais cobiçados, embora com os preços mais altos do mercado. E fechando a lista, está Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste que tem sido valorizado nos últimos anos, especialmente com as obras referentes aos Jogos Olímpicos na cidade.

Outra região em evidência é a Zona Norte do Rio de Janeiro, que tem apresentado potencial de valorização. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-Rio), somente em janeiro foram registrados 1.043 imóveis vendidos e 747 lançamentos na área. 

Para o presidente do sindicato, Claudio Hermolin, o novo Plano Diretor tem impulsionado o desenvolvimento de regiões como o Porto Maravilha e São Cristóvão, ampliando os vetores de crescimento da cidade.

De acordo com informações divulgadas pela Ademi-RJ, já são quase dez mil imóveis lançados desde o início dos projetos de revitalização conduzidos pela atual gestão municipal. Com isso, o Centro do Rio também tem atraído moradores e investidores em unidades de locação

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