Entidades ligadas à esquerda promoveram na manhã desta sexta-feira (1º/8) um protesto em frente ao consulado dos Estados Unidos, na zona sul de São Paulo, em repúdio às tarifas comerciais anunciadas pelo presidente americano Donald Trump contra o Brasil.
Durante o ato, manifestantes incendiaram bonecos representando Jair Bolsonaro (PL) e Trump, além de sacos que simbolizavam produtos de exportação brasileiros. Também foi queimada uma bandeira dos EUA. Militantes do PSTU aproveitaram a ocasião para pedir que o governo Lula rompa relações diplomáticas com Israel.
A manifestação foi convocada nacionalmente pela União Nacional dos Estudantes (UNE), com o objetivo de coincidir com a data inicial prevista para o início das tarifas — posteriormente adiada por Trump para o dia 6 de agosto.
Na capital paulista, a União Estadual dos Estudantes (UEE) escolheu o consulado como local simbólico do protesto, que contou com o apoio de organizações como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a UJS (União da Juventude Socialista). A rua Henrique Dunant, em Santo Amaro, foi bloqueada, mas os serviços do consulado, como emissão de vistos, seguiram normalmente.
“Estar na porta do consulado dos Estados Unidos é justamente para dar resposta das políticas do Trump ao nosso país. Mais que defender a democracia é defender a soberania nacional de ações com justificativas completamente ideológicas”, declarou Héctor Batista, primeiro-secretário da UEE, ao portal Metrópoles.
Apesar da expectativa de reunir cerca de 500 pessoas, o comparecimento foi abaixo do esperado. “Está com pouca gente, na USP tava lotado [em referência ao ato na Faculdade de Direito]. Aqui é muito longe, fora de mão. E esse horário também não ajuda”, avaliou Ronaldo Silva de Oliveira, 52, vendedor de souvenires de Lula em manifestações.